segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Discussão 3

Acompanhar um pouco da breve trajetória recheada de sonhos, dúvidas, anseios, frustações e descobertas de “Äli”, nos permite refletir sobre vários aspectos de nossas escolhas profissionais e pessoais.

Perguntas como as razões da escolha de cada um de nós pelo ensino de Ciências (Biologia), que no caso de “Ali”esteve diretamente relacionada ao professor de física que encontrou em sua estadia na Índia. Ou ainda, de que maneira administramos os conflitos inerentes da nossa atuação profissional.

 Diante deste pitoresco quadro que os autores do artigo enquadram a jovem professora de física formada pela USP pergunta-se: será que cada um de nós também carrega um pouco dessa “Ali” retratada no texto? 

Em que cada um de nós se identifica com as angustias, percepções e desafios de "Ali"??


15 comentários:

  1. creio que cada um de nos carrega um pouco de "ALI" durante toda vida profissional.
    e que em cada fase de amadurecimento de sua profissão vão surgindo novos e mais complexos conflitos com a sua proposta de educação.
    para ALI como para a maioria dos professores é frustante observar o desinteresse do aluno pela escola e a matéria de ciências,o desrespeito com o profissional e ate onde podemos ser amigos instrutivos e não amigos passivos de todo esse processo.
    como trabalhar com um sistema de ensino falho onde somos obrigados a aceitar certas regras de condutas que não beneficiam em nada o aluno e faz do ensino uma mercadoria.
    o nosso maior desafio hoje é construir métodos de ensino e avaliação que contemplem o conhecimento que nesse ponto é o principal para o professor e as notas tão exigidas pela escola.

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  2. Cassia Cibelle:

    Quando optamos em ser professores, enfrentamos muitos problemas, alguns deles muito parecidos com o da estudante Ali. Inicialmente enfrentamos a questão da escolha. Quando informamos nossa preferência pela educação, sempre surge a pergunta sobre, “por que escolher uma profissão tão difícil e que não tem rentabilidade?”. No entanto, sabemos que essas questões não têm fundamentos, pois o bom profissional e que tem amor ao que faz não enxerga apenas a rentabilidade, algo que pode ser percebido pelo personagem da pesquisa. Mesmo compreendendo a necessidade de melhorias no financiamento da educação, essa não deve ser a única exigência. Outras questões que nos aproximam de Ali, são as dúvidas e medos de enfrentar uma sala de aula, principalmente pela primeira vez. Muitas vezes quando chegamos a uma escola e implantamos novos métodos, para sair do tradicionalismo, como fez Ali, enfrentamos resistências dos professores mais tradicionais e até mesmo de alguns alunos, direção e coordenação da escola. Em alguns momentos as frustações também estão presentes, pois nem sempre o que preparamos para os discentes têm as respostas em sala de aula, por falta de estudo ou mesmo de atenção ou vontade de participar. Sempre buscamos controlar os alunos em sala, demonstrar que não podemos perder o foco das atenções e apresentar que o melhor caminho para o crescimento é o estudo, no entanto, nem sempre os alunos compreendem, colocando em cheque nossa autoridade e intenções no ambiente escolar. Essas são as principais dificuldades e aproximações que podemos relacionar com a pesquisa e as ações de Ali em sala de aula.

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  3. E ai pessoal?? onde estão os comentários???? vamos colocar esta cabeça para ferver ... estou no aguardo!

    Marccus

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  4. Todos temos um pouco de "Ali"...
    Inicialmente quando se trata de escola pública, parece que o "choque" é maior, pois antes mesmo de entrar numa escola pública,muitas vezes já até imaginamos, como a escola deve ser, como são os alunos, seus pais, como ocorre a gestão escolar..se ocorre a gestão escolar.
    O preconceito parece já formado,pelo fato de alunos não apresentarem bom comportamento e interesse ,já colocamos isso como empecilho.
    O medo de passar alguma informação errada,nos questionamos se realmente sabemos avaliar o conhecimento dos alunos,será que uma nota 10 equivale a 100% do aprendizado?
    Vamos estar sujeitos a docentes e alunos que preferem o modo tradicionalista de se ensinar...O ensino tradicional não ensina o aluno a pensar diferente do que o mercado de trabalho quer pra hoje.

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  5. Cada um de nós carrega um pouco de Ali, podendo ser nos pensamentos, angústias e desafios que são bastante semelhantes ao que vivemos no momento atual. Eu me identifiquei com ela em vários momentos um deles é quando ela começa a trabalhar na escola e relata: "É válida a utilização de alguns aspectos [do ensino tradicional] mas, como um todo,
    não. A abordagem tradicional valoriza o produto, isto é, as informações assimiladas, ou
    melhor, o número delas pelo aluno. Acontece que é mais importante o processo de
    aprendizagem,..." pensei desta forma desde quando pisei pela primeira vez em uma sala de aula como professora, sempre fui contra a forma tradicional da escola de achar que os educandos são depósitos de informações e que não possuem nada para acrescentar. Outros momentos foram as dificuldades e a forma de ali de desviar essas dificuldades para exercer a sua função.

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  6. Acredito que Äli é que carrega cada um de nós, fala por nós. Todos nós professores estamos cansados de ver a desvalorização da nossa classe. Nada na sociedade nosmotiva a continuar (tanto que muitos desistem no meio do caminho).
    À medida que vamos amadurecendo na profissão, novos problemas vão surgindo e temos que aplicar novos métodos para "dar um jeito".
    Infelizmente (ou talvez felizmente), hoje, para ser professor é necessário realmente amar, pois os problemas, pressões e conflitos em cima de nós vão consumindo nossas forças e muitas vezes não temos nem no que nos apoiar.
    A desvalorização é um grande peso para a nossa classe. Temos que persistir e desafiar, mas também acho que é necessário que a sociedade enxergue isso.

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  7. será que então que todos nós somos "varias Alis" e o texto expressa apenas o que somos .....

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  8. Me lembrei de uma vez que fui numa escola publica, atras de um estágio, ao chegar lá ,me deparei com uma viatura da polícia e alguns policias que conversavam com a diretora da escola, ela dizia que alguns moradores estavam vendendo drogas para alguns alunos.Fique tão assustada com a situação, depois de conhecer a escola fui embora dizendo que voltaria no outro dia já para iniciar as aulas.Resultado:Não voltei..achei que não estava preparada para enfrentar essa situação,não tinha a bagagem que tenho hoje.
    O ideal era ter começado naquele dia, pois só começando para mais na frente ter experiência com tais situaçãoes e assim poder enfrenta-las.

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  9. antes da mais nada,nós não transmitimos somente o conhecimento, conforme o texto:..."Aquilo que o professor transmite na sala de aula não é só conhecimento, por mais que ele o deseje conscientemente. ..."
    Devemos transmitir também amor,carinho,amizade aos nossos alunos..lembrar que eles passam por dificuldades familiares,alguns pais desempregados,parentes dependentes químicos, entre outros problemas que muitas vezes eles encontram um apoio em nós professores.

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  10. Todos nós já passamos e vivenciamos as angústias de "Ali". Quando ela relata: Os anos que passou como aluna de educação básica chamado de tradicional, as experiências de escolas, a mudança na escolhas do curso, quantas vezes nos perguntamos se era isso mesmo que gostaríamos de ser, se estamos no curso correto, ou queremos um diploma de nível superior, ter um título, o curso que desejamos reflete no profissional que seremos. O desafio de passar por cima das dificuldades, de superar todos os problemas saindo do tradicional, e fazendo com que o aluno aprenda. Todas essas questões que Ali refletiu foi superando, controlando até a propria ansiedade, são questões que já passamos ou passaremos e nos vemos a refletir e questionar, em cada um dos pontos para enfim exercer a função de educador e ultrapassa todas as barreiras!

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  11. Todos temos uma Ali dentro de nós.. EU que o diga!!
    Tenho várias dúvidas, angustias, medos,... a respeito da profissão. me questiono sempre se serei uma boa professora, se conseguirei enfrentar os "anjinhos". Como mencionei na outra discussão fiquei muito chocada com a realidade que enfrentei na escola pública, e isso me fez perceber que não estava pronta para as salas de aulas. Mas como dizem a prática leva a perfeição! Nossos medos e angustias só deixarão de existir quando os enfrentarmos..

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  12. Todos os dias podemos vivenciar as concepções de Ali,alias somos todos severinos e em nossa profissões teremos que interpretar diversos personagens e roteiros na minha aula de didática estou vivenciando alguns paradigmas entre eles está o tradicional,aluno memorizador, e os mais "modernos" alunos pensadores.Vai depender muito do estado de espírito de cada um para assumir tal postura!

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  13. Tenho 9 min.

    Eu confesso ser uma sonhadora, sei disso melhor do que ninguém. Não tenho medo de partilhar meus sonhos, pois sei que alguém há de escutar e ajudar. Eu sei que muitos são os problemas das escolas (instituições), mas são problemas que se alastram de outras áreas. Eu sei também que não desistirei, não gosto nem dessa palavra. Faço como no desenho de Peter Pan: EU ACREDITO, EU ACREDITO, EU ACREDITO.

    Os medos são naturais, mas eu não tenho medo de sentir medo. Nada como senti a sensação de dizer que tentou...

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  14. Eu tive uma experiência com os alunos da 7 série, fui assistir uma aula no colégio para uma disciplina do CE. E, lá procurei sentar na última cadeira, os alunos curiosos vieram conversar comigo. Era dia de recuperação, chamada oral, então os questionei acerca dos assuntos, e responderam-me: SISTEMA SOLAR. Fui interrogando... Percebi que eles tinham decorado, e não sabiam conectar as informações. Pedi para que ficassem de pé, disse que eu era o sol, e um deles a terra, então solicitei que ele rodasse em torno de si aí disse: esse movimento é rotação. Pedi, novamente, roda em torno de si e em torno de mim. E disse: rodar em torno do sol é o movimento de translação, assim a terra faz continuamente. Aí aquilo que eles me disseram: "rotação é a mudança de dia e noite e dura 24 horas; e translação altera as estações e dura 365 dia", somente VIVENCIADO eles puderam ver com novas lentes. Mas eles fizeram um barulho com essa novidade, simplesmente não sabiam, ficaram tão felizes, me abraçaram, foi uma festa, tive que sair da sala correndo por causa do tumulto.

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